Corra! Enredo e opiniões finais
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(Foto: Arte Afro) |
Sendo o primeiro projeto de Jordan Peele, diretor que vem se destacando com o gênero de terror psicológico e suspense, o filme Corra! foi um trabalho que não decepcionou os amantes de cinema. Tendo um enredo surpreendente e uma trama diferente em comparação aos filmes de suspense da atualidade.
Prólogo
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O casa inter-racial Chris e Rose (Foto: Universal Pictures) |
Chris conhece a família de Rose
Chris é recebido pela família de um modo estranhamente gentil, porém ainda estranhava um pouco a situação. Percebeu que além de a casa ficar em um local deserto, os dois empregados que tinham eram negros e agiam de forma suspeita. Ao questionar Dean, pai de Rose, ele explica que contratou ambos para cuidar de seus falecidos pais, e que nunca teve a coragem de demití-los.
Durante a conversa, a mãe de Rose, Missy, revelou a Chris que trabalhava com hipnose, o oferecendo-lhe uma consulta gratuita para ajudar com o seu vício em cigarros. Mas, ele negou a proposta. A conversa continuou calmamente até que Jeremy, irmão de Rose, se juntou à conversa. Este se vangloriou por estudar medicina, dizendo que seria como o pai e fazendo vários comentários preconceituosos em relação a Chris. Após o ocorrido, a atmosfera desconcertante retornou.
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Primeiro encontro do casal com os pais de Rose (Foto: Universal Pictures) |
A hipnotização de Chris
Na noite do mesmo dia, Chris não conseguia dormir e resolveu sair para fumar. Ao chegar no jardim da casa, ele se depara com duas ocasiões estranhas: a primeira delas era de Walter, jardineiro da casa, que estava correndo em voltas sem parar, e de Georgina, empregada da família, que estava sorrindo e se ajeitando no reflexo da janela de forma macabra. Logo após os dois eventos bizarros, Chris resolveu voltar para dentro da casa, deparando-se com Missy.
Ao iniciar uma conversa com ela, ele começa a ser hipnotizado sem perceber. A cena, considerada pelos críticos uma das melhores do filme, mostra o protagonista sem controle nenhum sobre si mesmo. Em transe, ele começa a contar sobre o dia em que perdeu sua mãe em um acidente de carro, quando ainda era garoto. Enquanto isso, Missy o fazia se sentir culpado por não tê-la ajudado, fazendo-o chorar. Porém, quando Chris acorda em seu quarto, ele começa a se questionar se tudo aquilo não tinha sido apenas um sonho. Ao conversar com Walter e escutar suas desculpas por agir de forma estranha na noite passada, ele percebeu que tudo fora real.
Acontecimentos estranhos
Em seu terceiro dia de hospedagem, houve uma festa em homenagem ao falecido avô de Rose, um ex-corredor olímpico. Chris tenta contar para ela sobre os eventos da noite passada, mas, ela demonstrou indiferença. Após a tentativa falha de alertar sua namorada, ele percebeu que todos os amigos da família presentes na festa eram brancos. Por exceção de Andrew Logan King, um homem negro que era semelhante a Georgina e Walter: agia de forma estranha e tinha movimentos robóticos. Chris resolveu o gravar, mas não percebeu que o flash de sua câmera estava ligado, tirando Andrew de seu transe e o tornando agressivo de repente. Ele gritava repetidamente para que Chris corresse daquele lugar.
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Cena em que Andrew Jordan King sai de seu transe e surta com Chris (Foto: Giphy) |
Enquanto isso, a festa seguiu com uma partida de bingo, tendo como vencedor Jim Hudson, um artista branco que ficara cego. Aquela partida de bingo era, na realidade, um leilão silencioso, tendo como "objeto" de leiloamento, o personagem principal Chris.
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Leilão de Chris, mascarado pela suposta partida de bingo (Foto: |
Momento de revelação
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Primeiro final, onde Chris consegue fugir (Foto: Cultura Genial) |
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Final alternativo onde o protagonista é preso (Foto: Cultura Genial) |
Opiniões finais
Sendo protagonizado por Daniel Kaluuya, mesmo ator de filmes como Pantera Negra e NOPE, e tendo no elenco pessoas como Betty Gabriel, Lakeith Stanfield e Lil Rel Howery, o filme conta com atuações de alto nível, deixando a experiência ainda mais realista.
O longa-metragem foi muito bem desenvolvido, sendo objetivo tanto nas cenas quanto na importância de cada personagem. Enquanto Jordan Peele usou da família de Rose para personificar a hipocrisia da sociedade americana, que diz lutar contra os preconceitos, mas dá continuidade às opressões "por baixo dos panos", o diretor utilizou Chris para interpretar o medo e os inúmeros perigos a que os cidadãos afro-americanos estão sujeitos em seu cotidiano. Um exemplo de injustiça exibido no filme foi quando o desaparecimento do protagonista se deu como uma conspiração ou paranoia de seu amigo Rod.
Lançado na mesma época de grande divulgação do movimento ativista Black Lives Matter, o filme também trata dos contrastes sociais, expondo como alguém na posição de poder não se incomoda em sacrificar pessoas alheias para seu próprio benefício. Com a grande aprovação de seus telespectadores e do website Rotten Tomatoes, designado para avaliar diversos filmes e séries, o longa-metragem recebeu o Oscar de Melhor Roteiro em 2018.
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O direto Jordan Peele recebendo o seu troféu do Oscar como Melhor Roteiro de 2018 (Foto: Rob Latour) |
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