A história do Black Lives Matter

 

(Foto: Arte Afro)

Você provavelmente já ouviu falar dos protestos do Black Lives Matter, mas você conhece a origem desse movimento? 

Imagem tirada durante um dos protestos do Black Lives Matter em 2019 (Foto:

    O movimento ganhou os holofotes em 2020, com o caso de George Floyd, homem negro, morto violentamente pela polícia estadunidense. Ele foi imobilizado por Dereck Chauvin, policial que alegava que o dito cujo era um ladrão. O acontecimento foi gravado por aqueles que passavam, capturando o exato momento em que George pedia ajuda e gritava: I can't breathe (eu não consigo respirar), até que morreu asfixiado. 

    Após tal evento, uma onda de indignação começou a dominar os Estados Unidos. A população negra americana expressava sua raiva pelos casos de racismo e principalmente pela brutalidade policial, grande problema presente no país, iniciando os questionamentos sobre até quando negros seriam mortos unicamente por sua cor de pele. Não demorou para que essa raiva fosse levada as ruas dos Estados Unidos, contagiando o resto do mundo e levantando as hashtags: #BlackLivesMatter, #ICantBreathe e #SayHisName (#VidasNegrasImportam, #EuNaoConsigoRespirar e #DigaSeuNome, respectivamente).

Protestos feitos em 2020 após a morte de George Floyd (Foto: Simon Dawson)

Seu pedido de ajuda virou uma das hashtags do movimento (Foto: Omer Messinger)

Início do movimento BLM

    O que muitas pessoas não sabem é que o movimento BLM (Black Lives Matter) teve início em 2013, após o caso do jovem Trayvon Martin, de 17 anos, morto a tiros enquanto caminhava. As fundadoras Alicia Garza, diretora da National Domestic Workers Alliance, Patrisse Cullors, diretora da Coalition to End Sheriff Violence in Los Angeles e Opal Tometi, ativista dos direitos dos imigrantes, se conheceram através da internet, quando demonstraram repúdio diante do caso acima.

Trayvon a esquerda e o acusado de sua morte, George Zimmerman, a direita (Foto: Portal Geledés)

As fundadoras Alicia, Opal e Patrisse respectivamente (Foto: Hypeness)

  Após um ano de ativa, o movimento ficou mais forte, alcançando mais pessoas com o caso de Michael Brown, jovem de 18 anos, morto por um policial. Com isso, o foco do BLM voltou-se a essas brutalidades policiais, geradas a partir do racismo e do preconceito.

Homenagens a Michael Brown, vítima da brutalidade policial (Foto: Todd Heisler)

    O que podemos ver diante dessa história é que com as novas modernidades do mundo e com a maior acessibilidade de informações, os casos de injustiças se dificultaram de omitir, levantando discussões sobre tais assuntos ao redor do mundo inteiro. Movimentos como este são de grande importância para mudanças na sociedade, mas, mesmo que esteja havendo uma melhora, ainda existe aqueles casos que são ocultados tanto pela mídia quanto pelos infratores. 

*Esta postagem contém baseamentos do site educamaisbrasil

Jéssica Trindade